Currículo e Práticas Cotidianas na Educação Infantil: experiências com a linguagem escrita

Currículo e Práticas Cotidianas na Educação Infantil: experiências com a linguagem escrita

• Autor
• Aline da Costa Dantas
• Co-autores
• Elaine Luciana Sobral Dantas , Milena Paula Cabral de Oliveira
• Resumo

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  Nas investigações tecidas no Projeto de Pesquisa “Currículo na Educação Infantil: entre propostas e práticas pedagógicas” observamos que os(as) professores(as) experimentam dúvidas e inseguranças relacionadas à linguagem escrita e sobre quais especificidades e processos devem ser desenvolvidos nesta etapa educativa. A partir disso, no questionamos: Como a linguagem escrita se presentifica nos currículos e práticas cotidianas em instituições educativas? Quais experiências possibilitadas às crianças que envolvem o ensino e aprendizado da linguagem escrita? O nosso objetivo é investigar as experiências possibilitadas às crianças que envolvem o ensino e aprendizado da linguagem escrita, no contexto dos currículos e das práticas cotidianas na Educação Infantil. Aprofundamos os estudos do referencial teórico metodológico da pesquisa: princípios da abordagem histórico cultural de Lev S. Vigotski (2005; 2007) e proposições do dialogismo de Mikhail Bakhtin (1995; 2003). Esses princípios apontam para a centralidade da linguagem na construção e análise discursiva dos dados. Definimos como procedimentos de pesquisa: o estudo bibliográfico, construindo o referencial teórico acerca de Educação Infantil, linguagem escrita e experiência e análise dos documentos que orientam os currículos na Educação Infantil. Realizamos entrevistas semiestruturadas com os(as) professores(as) de forma remota, gravadas na plataforma Google Meet. A caracterização dos sujeitos da pesquisa foi mediante preenchimento de questionário digital. A pesquisa está sendo desenvolvida em uma instituição pública de Educação Infantil da região do semiárido potiguar, com três professoras e um professor. Todos os participantes possuem Pedagogia e atuam com crianças de 4 e 5 anos. Em nossos estudos, situamos que é possível oportunizar experiências que se constituam por meio de interações e brincadeira, nas quais, as crianças, mediadas pelo outro e pelos signos possam aprender a linguagem escrita em seus contextos de produção, fruição e utilização social. Na análise dos documentos curriculares, a linguagem escrita é integrante de todos os campos de experiências, destacada especialmente, vinculada a linguagem como constitutiva do pensamento e da imaginação da criança no campo “Escuta, fala, pensamento e imaginação”. Identificamos nas vozes dos(as) professores(as) entrevistados(as), sentidos que apontam práticas alfabetizadoras pautadas em abordagens tradicionais que envolvem reprodução mecânica, baseadas na exploração das letras em ordem alfabética, repetição ou cópia de letras e sílabas. Assim como, sentidos que apresentam práticas envolvendo a escuta das crianças nas experiências de exploração do mundo letrado, como por exemplo: escrita coletiva de uma música que já conhecem e leitura da música acompanhada pelo professor. As práticas descritas pelos(as) professores(as) ora se distanciam e ora se aproximam do trabalho com a linguagem escrita na Educação Infantil como prática social e discursiva. Os resultados da pesquisa sugerem o aprofundamento de discussões, estudos e análise reflexiva com os professores acerca da ressignificação de práticas que podem ser ampliadas, valorização daquelas que estão em construção e diálogo com as especificidades das crianças na instituição de Educação Infantil.

   

• Palavras-chave
• Educação Infantil, Sentidos de Professores, Linguagem Escrita.
• Área Temática
• Ciências Humanas

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